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“Um estereótipo de género é uma visão ou preconceito generalizado sobre atributos, características ou papéis que são ou deveriam ser demonstrados ou desempenhados pelas mulheres e pelos homens” (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos). Estes atributos ou características são atribuídos aos homens e mulheres apenas devido à sua pertença a este grupo de género. Os estereótipos de género podem ser prejudiciais tanto para os homens como para as mulheres e podem resultar em escolhas de vida limitadas, nomeadamente no desenvolvimento de capacidades pessoais ou na prossecução de determinados percursos profissionais.
Os estereótipos de género são muitas vezes agravados com outros tipos de estereótipos, tais como a discriminação contra pessoas com deficiência, pessoas migrantes ou com diferentes origens étnicas, bem como estereótipos sobre pessoas com um estatuto sócio-ecomónico inferior. Esta composição resulta numa maior desvantagem para as pessoas que são estereotipadas em múltiplas frentes e pode resultar em violações criminosas dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
Perguntas para reflexão:
1. A partir da sua experiência no trabalho, consegue pensar nos estereótipos de género que prevalecem?
2. Na sua opinião, quando começam os estereótipos de género a formar-se nas nossas mentes? Consegue pensar em alguns exemplos de que as crianças se conformam com os estereótipos de género? Podem ser exemplos de frases ou comportamentos que as crianças evidenciam na aula e/ou em casa.
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Os efeitos negativos dos estereótipos de género são mais frequentes para as mulheres que têm visto muitos dos seus direitos serem violados ao longo dos anos.
Alguns exemplos de estereótipos de género que as mulheres adultas enfrentam regularmente:
Alguns exemplos de estereótipos sobre os homens incluem :
Tal como já foi mencionado neste módulo, os estereótipos de género são uma questão de sociedade e têm as suas raízes na forma como vivemos nela. Por conseguinte, é importante saber como se manifestam os estereótipos de género nos primeiros anos de vida:
-Brinquedos: as raparigas devem brincar com bonecas e os rapazes devem brincar com camiões;
-Roupas: só as raparigas podem usar vestidos;
-Cores: rosa é para raparigas e azul é para rapazes;
-Competências: as raparigas são ‘naturalmente’ melhores na leitura e os rapazes são melhores na matemática;
-A atitude “rapazes serão sempre rapazes” reforça a crença de que os rapazes podem e devem mostrar agressividade e traços violentos que, por sua vez, são perdoados como parte da sua “natureza”.
Os estereótipos de género podem, portanto, influenciar a perceção dos rapazes e raparigas sobre a direção que devem seguir, afetando assim as escolhas de vida futuras, desde os percursos profissionais aos comportamentos violentos: (Why it matters – Lifting Limits (em inglês).
(em inglês)
(em inglês com legendas em PT)
Boys won’t be boys. Boys will be what we teach them to be. | Ben Hurst | TEDxLondonWomen (AVISO: Este vídeo contem linguagem quotidiana sobre partes do corpo/genitais do corpo feminino e masculino)
(em inglês com legendas em PT-BR)