Tópico 2 Na sala de aula

Apresenta-se aqui uma lista de estratégias que podem ser implementadas na sala de aula e com mais explicações (abreviadas) propostas por diferentes autores, de acordo com diferentes estudos.

Kelisa Wing e Megan Cross (2018)

O material da sua sala de aula deve ser um espelho para os seus alunos, no qual eles se possam ver representados. Precisamos de impulsionar o nosso próprio pensamento nesta área; devemos expor os nossos alunos a múltiplas perspetivas e pessoas, porque isso lhes ensina empatia e diversidade. 

Costumamos querer ouvir apenas aqueles que concordam connosco. Contudo, precisamos de fomentar um ambiente onde os alunos possam ouvir opiniões diferentes das deles, e devemos permitir-lhes que se sintam seguros para o fazer.

Quando refletimos sobre os nossos preconceitos e criamos espaços seguros nas nossas salas de aula, criamos oportunidades para ter conversas importantes com os nossos alunos. É provável que tenhamos momentos de mudança de perspetiva, mas também podemos cometer erros. Devemos esforçar-nos o suficiente para os admitir e corrigir.

Christina Kwauk e Sarah Bever (2017)

A relação aluno-professor é fundamental para a eficácia dos professores na orientação dos alunos através de uma reflexão crítica sobre os seus próprios entendimentos de género. A a capacidade do professor para reconhecer e compreender as dinâmicas locais, sociais e de género, dando voz às experiências de rapazes e raparigas é importante para se poder criar ambientes de aprendizagem mais inclusivos em termos de género.

Raghavendra T. (2014)

Preste igual atenção aos rapazes e raparigas na sala de aula.

Altere a disposição dos lugares para que raparigas e rapazes possam sentar-se todos juntos.

Proporcione oportunidades iguais a raparigas e rapazes para liderar, cumprir as responsabilidades da sala de aula e participar em competições desportivas.

Demonstre respeito pela individualidade, evitando observações estereotipadas.

Improving Gender Balance and Equalities programme – Literature review

Os manuais escolares que desafiam os estereótipos de género, ou os professores que encorajam os alunos a refletir de forma crítica sobre os estereótipos de género presentes nos manuais escolares, são muito importantes.

Vervecken & Hannover (2015) argumentaram que os sinais de género na linguagem influenciam as perceções das crianças e dos adultos. Afirmam que as intervenções linguísticas (isto é, o uso de linguagem justa em termos de género), podem ter impacto na autoeficácia das crianças em relação às ocupações estereotipadas.